Sem chuva, estrela luas.
Apenas esta tristeza me acompanha no meu andar lento e vagarosos.
Sou um lento caracol com asas de colibri partidas e desfeitas pelo mau tempo.
tenho lágrimas que não correm, gritos que não se revoltam....
sou triste, sou só e sou nada
As lágrimas que te escrevo, foi o meu coração que as chorou...
As lágrimas que te escrevo, foi o meu coração que as chorou.
Não são de sangue, nem doces, amargas ou salgadas.
As lágrimas que te escrevo, foi o meu coração que as chorou...
As lágrimas que te escrevo, foi o meu coração que as chorou.
Não são tristes, nem saudosas, alegres ou desesperadas.
As lágrimas que te escrevo, foi o meu coração que as chorou...
As lágrimas que te escrevo, foi o meu coração que as chorou.
Não são pesadas, nem leves, apaixonadas ou atraiçoadas.
As lágrimas que te escrevo, foi o meu coração que as chorou...
As lágrimas que te escrevo, foi o meu coração que as chorou.
São lágrimas...
A chuva cai apressadamente sobre a estrada.
Os carros rasgam as suas gotas, e o vento embala as suas lágrimas.
Por cá, o frio abriga-se entre as àrvores e o sol afasta-se, deixando-se levar pelas ladainhas do mau tempo.
Dos candeeiros acesos escorrem pequenas gotas iluminadas, que esmorecem no chão já sem cor, graça ou vida.
Não se vê vida para além do ritmo da chuva ou do metal de quatro rodas.
Apenas se vê o vazio e as lembranças de um passado.
Eu vou lá... devagarinho...