Vens, numa daquelas noites de insónia , de mansinho até mim.
Estamos deitados na cama, na tua cama; estou deitada de costas para ti.
E tu vens de mansinho acariciar-me o peito, só para mostrar que estás acordado e que desejas saciar as tuas vontades:
- Estás acordada?
- Estou...
Sem mais esperas, penetras o meu ser; recuperas o teu tempo perdido e eu... bem, eu não sinto nada...
Fico calada na noite, a observar o escuro.
Entretanto, gemes aflito de prazer e vens-te.
Aliviado, esfregas o teu falo já murcho nas minhas nádegas.
Beijas-me a nuca, viras-te para o outro lado e dormes.
... Continuo acordada...
Entrei no teu quarto, tinha vestido uns collants de vidro. Nada por baixo, nada por cima.
Olhaste para mim e estranhaste, estranhaste e viste mais uma diversão sexual.
Mais uma inovação na nossa, porca, alcova.
As tuas mãos sentiram a suavidade das meias que camuflavam a minha pela.
"Deita-te, Puta", estavas frio, excitado e ordinário.
Não o fiz, ao invés, pus-me de gatas. Prontamente, agarraste a minha anca e puxaste-me contra o teu, já despido, falo.
Os collants impediam o desejado coito e mesmo assim repetias, repetidamente, o mesmo movimento prazeroso.
Acariciavas, esfregavas, sentias com a tua mão o meu sexo quente e húmido.
Eu sussurrava o prazer que sentia e gemia o lamento de não te ter dentro de mim. Enquanto tu cuspias elogios ao meu corpo.
"Quero ver a tua rata", virei-me, abri as pernas. os meus pés prendiam, ou tentavam prender, as tuas coxas. E tu masturbavas-te com aquela expressão de velho rebarbado.
Ergui-me, beijei-te, lambi-te, chupei-te o falo duro de vontades.
Voltei a deitar-me, acariciei o meu peito até atingir o orgasmo. Realizei-me a olhar para ti, por e para tua vontade.
Faltou pouco para encharcares os meus collants com a tua essência; na parte onde os collants não ficavam justos ao corpo, o teu prazer pingava...
Ainda tenho os collants vestidos...
Apetece-me amar.
Não interessa quem, pode ser qualquer um.
Apenas não me quero sentir só nesta cama, nesta noite, neste inverno, nesta vida.
Apetece-me amar.
Venha quem vier será bem-vindo.
Beijarei a sua alma como agradecimento.
Apetece-me amar e que finjam que me amam.
Já que fingimos a vida toda sermos felizes, finjamos que pertencemos um ao outro, para sempre!
Apetece-me amar.
Hoje, agora.
Por favor
Eu vou lá... devagarinho...